Hoje, Dra Ingrid Ramos está consolidando sua carreira na enfermagem estética, mas ela teve que se reinventar para chegar até aqui, se reinventar em seu foco de atuação, modelo de trabalho, na prospecção de pacientes.
O gatilho para toda essa mudança? É importante entender um pouco mais da história anterior de Ingrid, que passou por uma dinâmica de trabalho bastante agitada, e tem muito em comum com a trajetória de muitos dos profissionais da saúde.
Ela morava em Praia Grande e se deslocava até São Paulo para trabalhar, mas tudo mudou quando ela foi desligada de seu trabalho, e precisou se reinventar tanto profissionalmente como se reerguer em sua autoestima.
O gatilho para mudar os rumos da carreira na enfermagem
Logo depois de formada, ela trabalhou na unidade de terapia intensiva em transplante hepático do Hospital das Clínicas, hospital referência na América Latina. Então essa experiência foi muito importante para seu desenvolvimento profissional.
Mas ser desligada, procurar oportunidades na Praia Grande e não encontrar vagas que pagavam tão bem foi uma situação que teve um grande impacto em sua autoestima. Ela conta que ganhou peso, e não estava se sentindo tão bem consigo.
Nesse contexto, ela buscou por procedimentos estéticos para se sentir melhor, e viu esta tanto como uma possibilidade de se reerguer nesse sentido da autoestima pessoal, como na autoestima profissional.
“Aquela ideia de deixar o paciente com autoestima elevada, assim como aconteceu comigo, me deixou radiante”, conta.
Assim, ela procurou a pós-graduação em Enfermagem Estética por indicação de um colega atuante na área da saúde. Já realizou também outros cursos dedicados a estética, e participa de congressos sempre que pode. Inclusive, encontrou a Dra Ana Carolina Puga no Feridas 2022 (primeiro congresso de enfermagem e estética).
O desafio na prospecção de pacientes
No começo de sua carreira na enfermagem estética, porém, não foi fácil. Ela se mudou para Praia Grande por causa de seu companheiro, mas não tinha muitos contatos por lá, então a princípio não pôde contar tanto com indicações, e é nesse sentido que precisou se reinventar novamente, na prospecção de pacientes.
Ela relata que uma de suas estratégias iniciais foi elaborar panfletos – com todas as possibilidades de divulgação virtual disponíveis hoje em dia, pode parecer ultrapassado e pouco eficiente utilizar panfletagem, mas a distribuição foi realizada de forma criativa e surtiu efeito.
Dra Ingrid conta em mais detalhes: “Eu fiz panfletos e falei pra moça que trabalha comigo na minha casa, para entregar nos prédios em que ela trabalha, em que ela faz a limpeza. Também deixei alguns onde tem maior circulação de pessoas, no prédio comercial em que eu trabalho.”
Fica aqui uma dica de marketing pessoal: na estética, assim como em qualquer área de atuação, é importante se atentar e perceber quem é o público que pode se interessar pelo trabalho oferecido, e assim mapear quais as possibilidades de ser vista por este perfil, qual forma de comunicação pode ser mais efetiva.
No caso da Dra Ingrid, ela foi público de procedimentos antes mesmo de ser profissional da área. Então, identificar como alcançar outras pessoas que se pareçam com ela (não no aspecto físico, necessariamente, mas de motivações, desejos e mesmo posição social e local onde vivem) pode ser um caminho intuitivo para tentar atingir as pessoas certas.
Dra Ingrid não ficou apenas no método offline, mas também começou a explorar as redes sociais, se soltando mais na produção de conteúdo digital. Ela notou essa necessidade – já que a maioria das pessoas utilizam as redes sociais, é importante estar presente nelas, mostrando o próprio trabalho e estabelecendo contato com os pacientes ou pacientes em potencial.
Colhendo os frutos de tanta dedicação
Com o próprio desenvolvimento e alcance a seu público de pacientes, ela conta um pouco de sua realização presente:
“Hoje, atuo em um consultório compartilhado com uma colega que é Consultora em Amamentação e furo de orelha humanizado. A flexibilidade de horário foi um dos fatores que mais me atraiu. Até porque, hoje consigo me planejar sobre os horários de atendimento e lazer, o que não tinha antes, quando trabalhava em hospital, com escalas fixas e plantões noturnos.”
Para o futuro, ela quer expandir seu atendimento e trazer mais profissionais para perto, podendo oferecer, em equipe, um atendimento mais integrado às necessidades de cada paciente.
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