A jornada de Ruth Macedo é um exemplo inspirador de transição profissional dentro da área da saúde. Biomédica por formação, ela iniciou sua jornada nas análises clínicas e em hospitais, enfrentando os desafios característicos de um ambiente de trabalho intenso, com longas jornadas e alta carga emocional. Hoje, ela vislumbra na estética uma oportunidade de unir seu desejo de cuidar das pessoas a um formato de trabalho mais leve e recompensador.
Ruth sempre teve uma paixão pelo cuidado ao próximo, uma das principais razões que a levaram à área da saúde. No entanto, as demandas de sua rotina inicial em laboratórios hospitalares eram exaustivas.
“Eu era plantonista noturna, então trabalhava em plantões de 12h por 36h. Aí você imagina, eu quase não dormia, a minha cama tinha saudades de mim”, conta Ruth com bom humor, mas deixando claro o impacto que isso teve em sua qualidade de vida. Apesar de gostar do que fazia, sentia que estava distante de um dos aspectos que mais valorizava: o contato direto com as pessoas.
Ao longo de sua carreira, Ruth buscou novos horizontes. A descoberta da tricologia foi um marco importante, pois permitiu que ela experimentasse a satisfação de melhorar a autoestima de seus pacientes. “É um problema muito sério a questão da perda de cabelo, especialmente para as mulheres. Cuidar disso e ver a devolutiva dos pacientes foi muito gratificante.”
No entanto, uma restrição do Conselho Federal de Biomedicina na época a impediu de atuar plenamente na área sem uma formação mais ampla em estética. Essa situação despertou em Ruth a vontade de se aprofundar ainda mais na área, e investir em uma pós-graduação em Biomedicina Estética.
Ao refletir sobre sua decisão, Ruth destaca a diferença fundamental entre sua experiência anterior e o universo da estética. “No laboratório de análises clínicas, eu trabalhava com amostras, o que me deixava distante do paciente. Na estética, eu tenho a oportunidade de conhecer a pessoa, entender sua história, e oferecer um cuidado personalizado.”
Um universo muito diferente do laboratório de análises clínicas
Para ela, a estética é muito mais do que realizar procedimentos: é montar um quebra-cabeça complexo para identificar as reais necessidades do paciente, indo muito além de atender a demandas por procedimentos.
Um dos aspectos que Ruth mais valoriza em sua formação atual é a possibilidade de unir conhecimento teórico e prática clínica.
Somado às experiências que tem adquirido na pós-graduação, Dra. Ruth tem atuado em parceria com outro profissional da saúde, na clínica de estética de um amigo. Lá, ela tem um contato maior com pacientes, tanto pré como pós procedimentos, e assim já percebe o quanto esta atenção é valorizada e parte de um tratamento com diferencial.
Durante sua pós-graduação, ela não só aprende a executar procedimentos, mas também acompanha a evolução dos pacientes, observando como cada intervenção impacta o bem-estar e a autoestima deles.
“Daqui a uns anos? Quero ter várias clínicas!”
Essa experiência a prepara para atuar de forma independente no futuro, algo que Ruth almeja com entusiasmo. “Eu sei que quanto mais eu trabalhar para mim, mais lucros eu terei. Quero montar meu próprio espaço e, quem sabe, daqui a alguns anos, ter várias clínicas”, planeja.
Apesar do entusiasmo, Ruth também reconhece os desafios da transição para a estética. Ela admite ainda sentir inseguranças em relação a alguns procedimentos, especialmente os faciais, que demandam extrema precisão. Mas isso não a desanima. “Eu sou muito exigente comigo mesma. Quero ser especialista no que faço e entregar o melhor para os meus pacientes”, afirma com determinação.
O desejo de Ruth por mais qualidade de vida e conexão humana é um reflexo de uma tendência crescente entre os profissionais da saúde. Muitos, como ela, buscam alternativas que combinem realização profissional, sustentabilidade financeira e um impacto positivo na vida das pessoas.
Na estética, Ruth encontrou um caminho para transformar sua vida e resgatar o prazer de cuidar do outro, agora em um contexto que valoriza tanto a saúde física quanto emocional dos pacientes.Hoje, Ruth se sente realizada com a escolha que fez. Ela acredita que a estética lhe oferece não apenas uma profissão, mas uma vocação alinhada com seus valores.
“Não é só um procedimento. Você precisa entender o sorriso, o comportamento, a história da pessoa. É isso que quero oferecer: um atendimento personalizado e humanizado que realmente transforme vidas.”