A história abaixo é diferente de tudo o que você já leu neste site. A escolha do curso de Enfermagem Estética por parte dessa profissional da saúde teve vários motivos para acontecer, como o nascimento de filhos e a busca por uma rotina menos intensa. Mas, não foi só isso!
A verdade é que trabalhar no SUS e no SAMU sempre foi uma adrenalina que a Maryellen Sprenger gostou de ter na rotina diária. E ela pretende continuar fazendo isso por longa data, só que sem abrir mão do seu futuro. “A vida é curta para você fazer sempre a mesma coisa”.
Depois que os filhos nasceram, passou a ver as sirenes das ambulâncias com outros olhos. Na busca por uma rotina mais leve, ela deixou o SAMU e agora quer mais: “A estética foi para me reinventar e fazer uma coisa nova. Eu vi a estética como um caminho que poderia seguir”.
A enfermagem de emergência e urgência
O começo da carreira acadêmica dela foi difícil como é normal de acontecer na vida de quem tem apenas 17 anos. Por isso, ela iniciou a graduação em enfermagem sem ter muita certeza do que iria encontrar pela frente. Mas, determinante, iniciou as aulas mesmo assim.
“Eu cheguei na enfermagem por influência de uma amiga. Na época, não sabia para qual rumo seguir. É difícil escolher uma formação com 17 anos. Eu fui descobrindo o papel da enfermeira ao longo da graduação. E me apaixonei pela enfermagem”.
Surpreendentemente, ela diz que hoje não se vê longe da profissão. “Eu amo ser enfermeira e adorei ter feito essa escolha. Eu sou muito feliz na minha profissão”. Depois de formada, ela começou a trabalhar no SUS (Sistema Único de Saúde) e também no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Em ambos, a sua especialidade está direcionada para a área de urgência e emergência. “Eu gosto dessa adrenalina. Por mim, eu trabalharia a vida inteira porque é uma coisa que eu amo”. Só que o nascimento dos filhos acendeu um sinal de alerta na vida dessa enfermeira esteta.
Uma rotina de enfermeira menos intensa
Ela conta que após o nascimento dos filhos começou a ponderar a sua atuação de enfermeira. Assim, começou a vir a ideia da Enfermagem Estética. Até porque ela nunca quis abandonar o seu trabalho, só que começou a ver a carreira na emergência de um modo mais cauteloso. “Há riscos de estar dentro de uma ambulância, no código 1”.
O código 1 ou código verde é quando há prioridade no atendimento. O paciente tem a necessidade de um atendimento médico rápido, ainda que não seja urgente. Logo, são casos de baixa complexidade que devem ser encaminhados para uma Unidade Básica de Saúde ou Pronto Atendimento.
E ela completa: “Quando a ambulância passa no sinal vermelho, você começa a pensar nos seus filhos. E aí o que você pensa é que talvez esteja na hora de você ter um trabalho que seja mais seguro. Então, por isso, eu acabei saindo do SAMU”.
O primeiro passo para essa mudança de vida foi trocar a ambulância e os primeiros socorros comuns nessas unidades móveis de saúde por uma rotina mais calma. “Hoje eu ainda atuo como enfermeira, porém, fora do serviço de emergência”.
As outras especializações na enfermagem
Com esse respiro que conseguiu dar na sua vida profissional, a enfermeira esteta avalia que tornou possível observar com mais calma a sua profissão. ”Cheguei em um ponto da vida que eu pensei que poderia estar fazendo outra coisa. Até pensei em fazer uma nova graduação”.
No entanto, mudar de área nunca pareceu ser a melhor ideia. Afinal, ela gosta de ser enfermeira. O que queria era apenas fazer coisas novas, aprender procedimentos diferentes, entre outros desafios. E a partir disso começou a buscar as especializações da enfermagem.
“Eu gosto de estar na área da saúde e ser enfermeira. Apesar de amar a enfermagem, acho que a vida é curta para você fazer uma coisa só. E queria aproveitar a graduação que eu já tenho. Então, comecei a pesquisar outros caminhos”.
Foi assim que veio a ideia da Enfermagem Estética. Esse poderia ser um caminho. “A estética foi para me reinventar, fazer uma coisa nova, aprender e ver que eu tenho outras opções da minha graduação para atuar”.
A paixão da enfermeira pela estética
Logo nas primeiras aulas da nova especialização que a Maryellen iniciou foi possível notar os vários benefícios da carreira. “Um ponto positivo da estética é estar com o paciente, conseguir olhar ele como um todo, de outra maneira além do processo saúde-doença”.
O mercado da estética é muito amplo e a enfermeira já notou isso. “Cada dia você gosta de uma coisa. Um dia você quer trabalhar só com mesoterapia, no outro quer só trabalhar com face. De repente quer só trabalhar com laser. Porque é um campo é muito amplo”.
Ela diz que encontrou na Enfermagem Estética o que procurava: conhecer novos processos para ajudar os pacientes. “Quando você investe em você, há um conhecimento que você não perde”.
Mesmo no começo do curso de pós-graduação, sabe o resultado final que vai ter. “Você pode ajudar o paciente que te procura porque ele tem um problema ou alguma coisa incomodando. Então, você vai atuar descobrindo como pode solucionar aquele problema”.
E parar de se aperfeiçoar não é uma opção. Em um primeiro momento, ela diz que vai conciliar os dois trabalhos porque se sente bem em ambos os ambientes. “Talvez mais para frente eu queira escolher um só dos caminhos. Mas, por enquanto, pretendo manter ambas atuações”.
Conheça também a história da Camille Mendes. Ela é enfermeira, mora no Sul do país e também viu na estética uma forma de se especializar e ter mais autonomia na sua profissão.
A estética para outras enfermeiras
A história da Maryellen você conheceu neste conteúdo. Resumidamente, ela tem dois filhos pequenos, trabalha como enfermeira e deixou o trabalho no Samu há alguns meses. Hoje, faz a pós-graduação em Enfermagem Estética. E ela consegue conciliar tudo isso.
“Eu consigo conciliar bem porque o cronograma da especialização em enfermagem estética não é pesado. Eu consigo ver as aulas e estudar em casa. E consigo fazer as práticas de modo flexível. Até mesmo porque eu estou fazendo com prazer e não se torna um peso”.
Ela recomenda a especialização em estética, assim como outros estudos, para todo mundo que também acha que a vida é curta para sempre fazer a mesma coisa. “De repente, você está trocando de área e descobre que dentro do seu trabalho existem outros rumos que você pode seguir”.
A enfermeira esteta deixa o seguinte recado: “Você pode se reinventar, você pode empreender. Até para quem está em plantões exaustivos, empreender é uma forma de você estar tendo uma vida um pouco mais tranquila”.