Dedicada à enfermagem já há 15 anos, a Suzana Correa, de Jacareí, no interior de São Paulo, só teve recentemente o conhecimento de que o enfermeiro na estética encontra plena autonomia.
Este conhecimento veio a partir de grandes referências profissionais que ela encontrou pelo caminho. Sobretudo, em como tais referências mostraram a ela que o enfermeiro não precisa se limitar às atividades assistenciais na saúde, mas pode, por meio da estética, encontrar muito mais autonomia, tornar-se protagonista nas atividades e resultados de sua carreira, algo que ela está buscando efetivamente ao realizar a Pós-Graduação de Enfermagem Estética.
A busca por uma carreira mais leve depois dos 40 anos
Com 44 anos, a maior parte de sua trajetória profissional até aqui foi enquanto técnica de enfermagem. Mas ela decidiu aprimorar ainda mais suas possibilidades de atuação, e para isso voltou a estudar. Há 3 anos, Suzana é graduada em enfermagem e pós-graduada em UTI com foco em cardiologia. Com tais qualificações, ela trabalha hoje em uma UPA de Jacareí.
Somando mais de uma década em trabalho clínico hospitalar, Suzana se vê cansada dos vários anos de plantões exaustivos. Na estética, ela encontrou então uma janela de novas oportunidades, assim como ela comenta:
“Resolvi migrar para a área da estética para trazer uma coisa mais leve, porque a nossa área é uma área muito pesada, e eu estou bem cansada.”
A flexibilidade de que o enfermeiro na estética é capaz
Em busca de uma dinâmica mais autônoma de trabalho, ela tem como objetivo abrir sua própria clínica, assim como fizeram suas maiores referências na enfermagem estética.
Também lembra a enfermeira que sua classe de formação e atuação segue lutando pelo direito de um piso salarial digno, o que só demonstra a falta de reconhecimento por todo o trabalho grandioso que enfermeiras e enfermeiras realizam em todo o Brasil, é impulsiona ainda mais a vontade de Suzana de trabalhar para si.
Durante a vivência clínica em que a entrevistamos, ela teve a oportunidade de conhecer a Dra Ana Carolina Puga, que também trouxe uma palavra de incentivo a todos aqueles que estão buscando condições de trabalho mais dignas e flexíveis por meio do empreendedorismo.
Depois de tantos anos de dedicação profissional, e todo seu empenho nos estudos, ela se vê sonhando com uma realidade em que pode, por exemplo, se organizar para viajar mais, algo impensável na vida de enfermeira plantonista.
Uma nova perspectiva sobre o significado da estética na vida das pessoas
Ao enxergar a estética como possibilidade, ela passou inclusive a ver os pacientes com quem tem contato na UPA de uma forma diferente, percebendo o quando a autoestima pode influenciar em diferentes condições e quadros desses pacientes.
Assim como muitos profissionais atuantes na enfermagem, Suzana não quer mais lidar com a dor, mas com a beleza das pessoas – uma beleza que não é somente exterior, envolvendo também o olhar do paciente para si mesmo, sua autovalorização. A enfermeira percebe hoje que a influência da estética não está restrita a um resultado externo, ou mesmo uma futilidade.
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Conforme relata, outras patologias podem ter relação com a estética:
“Muitas vezes, o paciente acaba chegando pra mim com uma depressão, uma autoestima baixa, porque a gente sabe que essas doenças acabam se relacionando, uma acaba puxando a outra. Sendo enfermeira esteta, eu vou fazer a diferença na vida dessas pessoas.”
O mercado da estética em alta
Outro aspecto favorável para alcançar seus objetivos é a realidade atual do mercado, em que mais e mais pessoas buscam envelhecer com saúde, e com uma aparência que as faça se sentirem confortáveis na própria pele, de vivacidade renovada.
Suzana vê no mercado da estética cada vez mais soluções e tecnologias para atender a diferentes públicos, inclusive de classes sociais diversas. A enfermeira esteta em formação se vê muito empolgada para trabalhar com diferentes públicos, ajudando-os a encontrar o brilho da beleza, e tendo uma carreira muito mais satisfatória no processo.
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