Se dentro dos corredores de hospitais em grandes centros o trabalho e a pressão são intensos, viver toda esta adrenalina estando em alto mar é ainda mais emocionante. Simone Rodrigues trabalha embarcada e passa 14 dias longe da família. O desgaste da rotina faz enfermeira migrar para estética e conquistar uma vida mais tranquila e segura.
Simone Rodrigues tem uma vida profissional com muita aventura e tensão. A experiente enfermeira, com quase 30 anos de atendimentos, muitos deles em CTI (Centro de Terapia Intensiva), hoje atua embarcada e relata que chega a ficar mais de duas semanas em alto mar.
O estresse e a adrenalina de estar trancafiada em uma embarcação longe da terra firme, traz traumas e problemas psicológicos que podem afetar o desempenho e a qualidade de vida dos profissionais que ali trabalham. Apesar das folgas, intercaladas a cada 12 horas, Simone e seus colegas não possuem fugas para se abster do trabalho e sofrem com a pressão do dia a dia.
Para transicionar para outra carreira, a enfermeira agora encaminha sua pós e projeta seu futuro longe dos mares e com mais tempo para si e para sua família. Após 15 anos nessa rotina entre plantões em alto mar, Simone encontra uma nova paixão e agora irá navegar pelos mares da estética.
30 anos na enfermagem: A transição para a estética
A história de Simone Rodrigues na saúde começou lá na década de 90. Ainda em 1991 ela ingressou no técnico em enfermagem, foi auxiliar e atuou por muito tempo no CTI (Centro de Terapia Intensivo), local onde sua experiência se concentrou. Foram quase duas décadas atuando em hospitais até migrar para o trabalho embarcado, onde se encontra até o momento.
Sua entrada para a enfermagem foi com apoio de sua mãe que a incentivou ainda quando jovem a ingressar no curso de auxiliar em enfermagem e logo em seguida em técnico em enfermagem. Simone conta que conforme foi aprendendo sobre as atuações da enfermagem foi se apaixonando cada vez mais. Durante os estágios, ela se via realizando atendimentos e cuidado do próximo como uma razão de viver. Atualmente são 15 anos trabalhando embarcada (offshore). A rotina estressante e intensa de estar em alto mar trouxe novas revelações para ela, e a pesquisa sobre estética despertou um interesse por uma vida diferente na carreira.
A decisão pela mudança é desafiadora. Buscar novas oportunidades após tanto tempo trabalhando no CTI ou mais recentemente dentro de embarcações, longe de casa por mais de duas semanas foi necessário para Simone. Ela comenta que completando quase 30 anos de carreira, chega um momento importante para parar e pensar em conquistar melhor qualidade de vida.
Prestes a completar 30 anos de carreira na enfermagem, a decisão de mudar de ramo e explorar novos horizontes na área de tratamentos de beleza foi uma escolha motivada pela vontade de fazer algo positivo para as pessoas. Aqui inicia a caminhada de Simone na Enfermagem Estética
Desgaste da rotina faz enfermeira migrar para estética
Após muitos anos trabalhando embarcada, criou-se a necessidade de mudança. Segundo Simone, este tipo de trabalho é cansativo e deixa algumas marcas de cansaço nos longos dias com os plantões de 12 horas. Uma das fases mais difíceis enfrentadas pela tripulação foi a COVID. Simone relata que chegava a ficar 60 dias presa, sem poder desembarcar em razão da segurança dos profissionais. O confinamento, a saudade e preocupação com a família e amigos causavam feridas no emocional.
Estar recluso requer constante adaptação e uma busca por distrações, embora a tensão de possíveis emergências esteja sempre presente.
“É difícil, a gente fica confinado e as pessoas que trabalham com a gente, é a nossa família. Trabalha-se 12 horas e tem 12 horas de descanso, mas este descanso você ainda está no local de trabalho. Temos que tentar nos distrair, mas de qualquer forma a gente fica tenso, pois a qualquer momento pode acontecer alguma coisa “
A maior incentivadora para que Simone entrasse para a área da saúde foi sua mãe. Sábia, sua mãe imaginou que Simone poderia gostar do curso e indicou para ela. Simone relata que tudo que se propõe a fazer, se entrega e realiza o seu melhor. Quando entrou para o técnico em enfermagem, logo se apaixonou pelo universo.
O mesmo aconteceu com a estética. Assim que teve contato e começou a pesquisar sobre, logo se encantou e decidiu por iniciar uma nova caminhada.
“Minha mãe me indicou o caminho. Quando eu comecei a fazer as aulas práticas na enfermagem, tal qual aqui na estética, eu me apaixonei ainda mais pela função ”.
Jornada intensa, resultados satisfatórios
Simone comenta que a forma como as aulas são ministradas no Nepuga facilita muito sua rotina atarefada. Estando confinada por muitos dias, é natural que ela perca algumas aulas que acontecem ao vivo, mas com a disponibilização do conteúdo nos dias seguintes, ela consegue recuperar este atraso e ficar em dia com seus estudos.
“Quando estou embarcada não consigo fazer nem a aula ao vivo, nem as vivências clínicas, preciso sempre conciliar com meus dias de folga. A aula ao vivo quando não vejo no dia, na semana seguinte, quando já está liberada eu consigo acompanhar e colocar tudo em dia. Consigo acompanhar o conteúdo o tempo todo . Os professores sempre disponibilizam seus contatos para tirarmos dúvidas. Todos nos auxiliam bastante .“
Os planos para o fim da especialização é abrir sua própria clínica na região dos Lagos. Ela, que é residente de Arraial do Cabo (Rio de Janeiro), aponta que a alta temporada promete uma demanda significativa por tratamentos estéticos. Já nos períodos de baixa procura, ela pretende utilizar o tempo para aprimorar , conhecer novas técnicas e realizar novos cursos. Para Simone, apesar das questões financeiras serem relevantes, a verdadeira recompensa esta na melhoria da autoestima das pessoas.
É uma jornada que exige muito das mulheres, que precisam conciliar múltiplas responsabilidades, tanto dentro quanto fora de casa, mas o esforço é recompensado pelo desejo de uma vida melhor e pela oportunidade de fazer a diferença na vida das pessoas.
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