A Sarah Pezoti é uma biomédica esteta que trabalha em várias cidades. Além de ter a própria clínica, ela tem parcerias e dá aulas em vários cursos. Quem vê esse recorte atual não imagina como foi a trajetória profissional dela. Mas, você vai conhecer cada uma das etapas.
Da graduação em biomedicina até a especialização em estética, o caminho passou por estágios e uma única certeza: ela não queria atuar com análises clínicas. Os desafios foram árduos, mas ela não se arrepende: “É um composto de coisas que nos leva até o sucesso”.
A Graduação em Biomedicina
Ela se formou em Biomedicina, em Alfenas (MG), no ano de 2012. E a escolha pelo curso de graduação foi algo que aconteceu por acaso. “Entrei na faculdade com 20 anos. Eu queria fazer faculdade fora da minha cidade”.
Durante os anos de graduação, ela diz que se deu bem em várias matérias. No entanto, a maioria das disciplinas levava os estudantes para um único lugar: o laboratório de análises clínicas. O problema é que a Sarah não gostava desse caminho.
“Eu fazia faculdade e ia bem nas matérias. Porém, não era muito bem o que eu queria. O trabalho em análises clínicas não era o que eu almejava para mim”.
A alternativa Biomedicina Estética
Sarah Pezoti conta que a Biomedicina Estética apareceu pela primeira vez em 2011, ainda quando estava na faculdade. No entanto, somente depois de formada é que ela decidiu fazer a especialização, a convite de uma amiga de turma. Entenda a história toda.
“Na faculdade, nós tivemos um congresso na faculdade e uma das palestras foi com a Dra. Ana Carolina Puga. E ela falou sobre a Biomedicina Estética. E isso encheu os olhos de muita gente porque a gente viu um horizonte que não era o laboratório e as análises clínicas”.
Só que um entrave que surgiu era o fato de que a habilitação em estética ainda não era um assunto comum no mercado. “Nenhuma faculdade autorizava essa habilitação na Biomedicina Estética. Por isso, essa ideia nem passou pela minha cabeça naquele momento”.
A Pós-Graduação em Biomedicina Estética
Depois de formada, sem o interesse em atuar com análises clínicas, ainda que tenha feito estágios nessa área por 8 meses, ela começou a procurar alternativas.
“Após o estágio, acabei ficando perdida na área. Eu era formada, com habilitação em análises clínicas. E tive a certeza de que não quer isso porque fiz um estágio em laboratório de um hospital, onde era muito rígido, com cobrança muito grande”.
Nesse momento, uma amiga, que hoje também é formada em Biomedicina Estética, mandou uma mensagem para ela.
“Sarah, lembra daquela palestra que tivemos no último congresso com a Dra. Ana Carolina Puga falando de Biomedicina Estética? Ela abriu uma Pós-Graduação em São Paulo. Vamos fazer a pós?”, lembrou a biomédica.
E foi a partir dessa ligação que ela viu uma luz no horizonte. “Eu respondi que eu lembrava da palestra. Lembrei que a gente podia atuar com injetáveis, botox, preenchimento. Enfim, eu não pensei duas vezes e topei fazer a pós”.
A Segunda Turma de Biomedicina Estética em São Paulo
Sarah conta que a partir dessa decisão veio uma próxima etapa: convencer o pai a auxiliar no pagamento das mensalidades. “eu estava desempregada, sendo que ele já tinha pago uma graduação. Convencê-lo não seria tão fácil”.
E para tornar tudo ainda mais difícil, a biomédica lembra que o pai fez algumas indagações. “Você vai fazer uma pós-graduação para fazer limpeza de pele?” e “Não é possível que você vai poder fazer tudo isso sem ter feito medicina”.
A biomédica esteta conta que explicou tudo para o pai, especialmente sobre o fato de que essa era uma nova habilitação. E o poder de convencimento deu certo. No final de 2013, ela começou a Pós-Graduação em Biomedicina Estética e isso mudou o rumo da sua carreira.
A experiência na Biomedicina Estética
Logo após iniciar a especialização, Sarah conta que encontrou um estágio em São Paulo. Então, optou por morar lá e isso se manteve durante toda a pós. “Pouco tempo depois, eu já estava empregada em outra clínica, que foi onde tive a minha maior base no mercado de trabalho”.
Ela diz que a clínica era de uma médica e o foco era o emagrecimento. Logo, haviam procedimentos de intradermoterapia e também com a parte estética.
“Eu era uma funcionária para acompanhar os pacientes em suas evoluções, além de acompanhar a médica nos procedimentos de injetáveis”.
Para ela, esse tempo que esteve em São Paulo serviu de muito aprendizado e foi uma base para o que viria a acontecer em seguida. Sarah retornou para a sua cidade natal, que tem 40 mil habitantes, e se tornou a primeira profissional a trabalhar com a estética.
A primeira profissional a trabalhar com a Estética
Ela diz que na sua cidade só médicas podiam atuar nessa área, além de duas dermatologistas que também faziam os procedimentos. Ao retornar para Espírito Santo do Pinhal, ela se tornou a primeira profissional, além de médicas e dermatologistas, a trabalhar com a estética.
“O início não foi fácil, eu tive que ir conquistando aos poucos. Entrei em uma clínica de uma fisioterapeuta que me ajudou muito. Eu fiquei na clínica por 4 anos. Depois, consegui fazer a minha clientela”.
E foi nessa mudança de vida e de cidade, que ela encontrou outro trabalho, em Sorocaba. “No começo, durante a semana eu ficava trabalhando em Sorocaba e nos finais de semana eu voltava para a minha cidade para trabalhar na minha clínica”.
O dia a dia da Biomédica Esteta
Atualmente, a Sarah Pezoti está com 33 anos e diz “a minha vida é bagunçada”. Mas, é uma bagunça boa, cheia de trabalho, contatos e aprendizados. Entenda um pouco mais de como é a rotina da biomédica esteta.
“Eu moro em Sorocaba (SP), mas tenho uma clínica em Espírito Santo do Pinhal (SP), que é a minha cidade natal”. Fora isso, ela também trabalha em Leme (SP), que é uma cidade próxima, além de fazer alguns atendimentos em Santos (SP).
E para quem achou que a vida profissional da Sarah acaba aí, não. “Dou aula em pós-graduação em cursos livres. E recentemente entrei no curso de odontologia. Estou sempre na estrada tentando conciliar todas as coisas”.
O início do trabalho da biomédica esteta na área acadêmica
Em Sorocaba, ela começou a trabalhar com uma clínica que tem várias empresas, como um que atua com depilação a laser. “Em certo momento, fui convocada para responder pelas franquias, inclusive, ministrando aulas”.
E o que você talvez não saiba é que ela tinha dificuldades para falar em público. “Mas, esse empurrão foi fundamental para eu entrar nessa nova área também. Comecei nessas aulas de cursos livres até chegar a dar aulas para mais de 30 pessoas em uma pós-graduação”.
Atualmente, ela mantém o trabalho, ministrando aulas em pós-graduação em cursos de Biomedicina Estética e Farmácia Estética. Além de atuar na docência de transplantes capilares, dando cursos para médicos.
Vale a pena se especializar em estética?
Para ela, o biomédico era um profissional que ficava escondido em laboratório. “Hoje, nós estamos à frente e nós levamos o mérito por aquilo que fazemos. E isso nos tornou empreendedores. Só que empreender tem dois lados”.
Ela explica que o lado bom traz autonomia de horários, de dias e de trabalhar da forma com o que o profissional quiser. Além da planejar o próprio tempo livre. Por outro, é um trabalho que traz uma responsabilidade enorme.
Outro ponto é sobre os benefícios além do financeiro. “Mais gostoso do que almejar o financeiro é ver a satisfação do seu paciente, a autoestima renovada e ver uma pessoa chorar porque você mudou a vida e hoje ela consegue se olhar no espelho e se sentir feliz”.
Dá para ganhar dinheiro com a estética?
Sarah Pezoti diz que a estética é uma área que faz os olhos de muitas profissionais da saúde brilhar. Especialmente, por ser lucrativa. “E realmente ela é. Porém, também é algo que exige muita responsabilidade. É preciso fazer com ética, respeito, carinho e dedicação”.
Para quem está começando, a biomédica esteta dá as dicas: “Para ganhar dinheiro não basta sair fazendo procedimentos como se fosse muito simples. A estética exige atualização o tempo todo. Precisamos estar antenados com cursos e congressos”.
E completa dizendo que: “Aí sim o sucesso vem e o dinheiro vem junto. É um ciclo, um composto de coisas que nos leva até o sucesso”.
Como empreender na estética?
A biomédica esteta conta que se tornar uma empreendedora no nosso país não é uma tarefa das mais fáceis. “Temos que contabilizar tudo na ponta do lápis. Desde um simples descartável até mesmo os impostos e mais impostos”.
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Ao mesmo tempo, ela diz que esse investimento pode valer a pena. “Empreender não é fácil e não é barato, mas nos dá essa autonomia de poder fazer o nosso horário”. Para ela, o segredo é estudar muito.
“Para quem está entrando na área e que vê a estética como salvação, a dica é manter os pés no chão e estudar muito. O conhecimento nunca é demais. E sempre ouçam pontos de vistas diferentes e sejam inteligentes o suficiente para montar o seu ponto de vista. Seja crítico”.
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