A Lourhanna Stefany é de Redenção, no Pará. A formação dela aconteceu na Biomedicina. Só que a escolha inicial era medicina. O que ela não esperava é que a vida poderia surpreender. Recentemente, ela se tornou uma biomédica esteta, podendo atuar com a beleza das pessoas.

Uma graduação alternativa

O começo não foi o que ela imaginou. Lourhanna diz que queria medicina como faculdade. Só que ficar longe da família por tanto tempo não se tornou uma boa ideia. E foi quando a vida começou a preparar grandes surpresas. Uma turma de biomedicina foi aberta na sua cidade.

A biomédica esteta explica como isso aconteceu: “No começo, a biomedicina não era a minha opção. Na verdade, queria medicina. Mas, a minha dificuldade foi quanto à localização, já que teria que ir para outra cidade. Aí como abriu turma de biomedicina na minha cidade, eu decidi fazer”.

Assim que terminou o curso, ela fez um estágio por alguns meses dentro de um laboratório de exames clínicos, na própria cidade. Ou seja, ela tentou trabalhar em laboratório. Só que esse pequeno tempo foi o suficiente para ela ver que aquela não seria a sua área.

Eu não me adaptei em análises clínicas. Não era uma coisa que eu gostava de fazer”.

Uma pausa na biomedicina

Então, como não se adaptou na área de análises clínicas, ela começou a trabalhar com o pai, em uma área que não tinha nada a ver com a sua formação: o marketing.

Eu comecei a trabalhar junto com o meu pai na empresa de publicidade dele. Ele faz comercial, flys e outras coisas. Cheguei a me envolver com o marketing. Até fiz alguns cursos por fora, como Facebook ADS, gerenciamento de negócios, delivery e outras coisas”.  

Só mais tarde é que veio a estética. “O engraçado é que na faculdade até tinha a disciplina optativa de estética. Só que naquela época, eu não me interessei. Eu não consegui enxergar como a estética é mesmo, na prática, no dia a dia das pessoas”.

A ideia de fazer estética

Ainda trabalhando com o pai, ela começou a falar com outros profissionais da biomedicina. A partir disso, com influência de quem já havia feito a especialização, conheceu o Nepuga. “Aí acabei optando pela pós-graduação em Biomedicina Estética”.

Ela entrou de cabeça nos estudos. “Conforme as aulas iam passando, eu fui gostando mais e mais e mais”. Agora, depois das aulas teóricas, a biomédica esteta está finalizando a sua especialização, nas aulas da Vivência Clínica.

A biomédica do Pará sabe que tem um tempo para pensar em qual área da estética vai atuar. “Estou em fase de adaptação. Eu gosto muito da estética e da alta performance de modo geral. Eu malho em uma academia só de mulher. E a maioria delas querem emagrecer. Gosto disso”.

Os desafios da pós-graduação

Essa história tem um diferencial. A biomédica é de Redenção (PA) e foi para Goiânia (GO) estudar. O que quer dizer que uma viagem de carro daria mais do que 28 horas pela Rodovia Bernardo Sayão ou 32 horas pela BR-020.

Então, um dos principais desafios enfrentados por ela foi a locomoção. “A família é uma base muito importante. E esse é um desafio porque eu sou do Pará e tenho que me deslocar para fazer a pós. Não é fácil largar tudo para ir estudar em outro lugar”.

Ela também comenta sobre a hospedagem. “Aqui em Goiânia, eu tenho amigos e parentes, o que facilitou muito porque eu posso ficar na casa deles. Através de medos e dificuldades, com constância, a gente vai vencendo os obstáculos”.

O futuro da biomédica na estética

Em pouco tempo, a Lourhanna vai receber o título de biomédica esteta. “Eu pretendo alavancar nessa área a ponto de que eu possa me aprofundar e ser especialista. Eu gosto mais da parte corporal, da estética do corpo. Apesar de achar a facial muito interessante também”.

Biomédica Esteta

Ao mesmo tempo, ela sabe que o caminho não será simples. “Com certeza, toda dificuldade e todo investimento vão resultar no sucesso. Como toda profissão, essa também exige o enfreamento de barreiras. Os perrengues são necessários”.

Até mesmo porque ela sabe que a área da estética tem um ótimo custo-benefício. “O retorno financeiro é muito melhor na estética do que a análises clínicas. Essa é a parte mais importante. Só que também tem a vantagem do horário de trabalho”.

A importância de enfrentar desafios

A biomédica esteta diz que admira quem trabalha com plantões, em laboratórios e qualquer outro trabalho que as deixam felizes. “Eu já tive amigas que gostam muito das análises clínicas enquanto eu não me adaptei a essa área porque isso varia de pessoa para pessoa”.

Porém, ela afirma que se encantou com o seu novo horário de trabalho. “Só que a estética tem suas vantagens, como financeiras, de horários, de logística, etc”.

E ela já está preparada para o mercado de trabalho. “Acho que é importante você tratar uma paciente como se fosse alguém da sua família ou como se fosse você. Como você gostaria de ser tratado? E não fazer um tratamento levando em conta apenas a questão financeira”.

A inspiração vem da Dra. Ana Carolina Puga

Para terminar essa história de superação e muita coragem, vale a pena mencionar a inspiração que a biomédica esteta tem na sua profissão: a Dra. Ana Carolina Puga. “A história dela é bem bonita. Porque ela é um marco na estética. As barreiras ela enfrentou para ter isso tudo”.

Ela vê essa trajetória da seguinte forma: “Ela começou lá de baixo. Igual nós estamos começando. Ela é um marco. Chegar aonde ela chegou não é fácil. Eu falo para as pessoas nunca desistiremE essa é uma dica para todo mundo: não desistam”.

Outras profissionais do PA

A Lilia Coutinho também é de Redenção, no Pará, mesmo lugar onde mora a Lourhanna. E ela também é uma biomédica esteta, que fez a graduação em uma das primeiras turmas de lá. Do mesmo modo, foi para a estética. Só que o motivo foi outro: “uma agenda leve e não sobrecarregada”.

Já a Mileia Gaia é de Xinguara, também no Pará. Ela trabalhou mais tempo em laboratórios clínicos, só que também viu na estética uma chance de encontrar uma rotina mais flexível. “Meus olhos brilharam quando eu vi essa chance de crescimento”.

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